segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Entrelaços


 Veio de mansinho, com um jeito doce, me conquistou.
Com um brilho no olhar, tão pouco a falar e tanto a entender.
Palavras não podem descrever seus gestos e olhar,
Tudo parece simples, os dias mais felizes, os problemas sem razão.
Sua inocência cativa, seu sorriso aprisiona,
Seu olhar me envolve.
Ela clama por conforto em meus braços,
Aperto seu corpo contra o meu,
Sinto seu coração acelerado, sua respiração aperta
Um beijo tenro lhe dou, molho suavemente a superfície de sua testa
Ela sorri e me abraça ainda mais apertado.
Tenho medo desse momento acabar,
Depois de tudo que passamos, depois de tantos medos
Estamos aqui, num minuto eternizado,
Entrelaços, entre braços, entre abraços
Entre sorrisos, risos, rios
Lágrimas fluem sobre sua face,
As memórias tornam a sua mente,
Mas não há mais dor em seu olhar,
Uma enxurrada de pingos d’água escorrem por meus ombros
Busco seu delicado rosto, seco suas lágrimas
Me perco no mais doce momento, seu olhar se prende ao meu
Seu abraço me aperta, seu rosto junto do meu
Unidos, por um beijo,
Amassos... aqueles amassos no papel de carta,
Estendo diante de seus olhos e leio em tom bem alto:
De hoje em diante serei para sempre teu,
Desde o nascer ao pôr-do-sol,
Nas chuvas de agosto, ou nas flores da primavera,
Verás meu sorriso sobrepondo as lágrimas,
Meus braços em teus abraços,
Teu coração junto ao meu.


Wl

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