Olho nas calçadas, vejo dor
Pessoas desesperadas sem saber
o que fazer,
Parecem que não foram
escritas na história
Pessoas que buscam apenas
mais um prato de comida
Elas gritam, imploram, mas
ninguém as ouve
Não têm voz, não têm vez.
O grito dos inocentes, dizem
que elas estão perdidas
Dizem que estão perdidos, que
não têm salvação
Dormem sem saber se podem
sonhar,
Se vão acordar na manhã
seguinte
Vêm, falam de um Deus que
muda sua história,
Mas que ainda não lhes deu
um prato para comer
Palavras não matam a sua
fome, nem alimentam seus sonhos.
Vejo que não sabemos mais o
que fazer.
Inocentes se perdem, seu
mundo desaba, se sentem sós
Nenhum ombro amigo, nenhum
conforto ao seu coração
No frio, com fome e
solitários, tudo um grande vazio
No escuro, na dor, no
perigo...
No fim da rua, lá na
calçada, um corpo estendido,
Mais um vida acabada...
Ninguém narrou a sua
história, ninguém estendeu a mão,
Ninguém realmente se
importou
Oh, meu Deus, tens
misericórdia e receba-os de coração,
Pois os teus profetas foram
embora com a Bíblia nas mãos.
Wl
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