segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Inocentes em tuas mãos




Olho nas calçadas, vejo dor
Pessoas desesperadas sem saber o que fazer,
Parecem que não foram escritas na história
Pessoas que buscam apenas mais um prato de comida
Elas gritam, imploram, mas ninguém as ouve
Não têm voz, não têm vez.
O grito dos inocentes, dizem que elas estão perdidas
Dizem que estão perdidos, que não têm salvação
Dormem sem saber se podem sonhar,
Se vão acordar na manhã seguinte
Vêm, falam de um Deus que muda sua história,
Mas que ainda não lhes deu um prato para comer
Palavras não matam a sua fome, nem alimentam seus sonhos.
Vejo que não sabemos mais o que fazer.
Inocentes se perdem, seu mundo desaba, se sentem sós
Nenhum ombro amigo, nenhum conforto ao seu coração
No frio, com fome e solitários, tudo um grande vazio
No escuro, na dor, no perigo...
No fim da rua, lá na calçada, um corpo estendido,
Mais um vida acabada...
Ninguém narrou a sua história, ninguém estendeu a mão,
Ninguém realmente se importou
Oh, meu Deus, tens misericórdia e receba-os de coração,
Pois os teus profetas foram embora com a Bíblia nas mãos.


Wl

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