Eu sento aqui na janela,
A chuva fria rebate contra o
vidro de minha janela.
Encaro as gotas molhando as
páginas do meu livro,
A tinta fica manchada,
marcas de minha caneta,
Marcas em mim, marcas no
papel.
Por tanto tempo correndo
atrás do vento,
Esperando por momentos que
nunca vieram,
Talvez nunca virão.
Olho novamente para a
janela,
E essa tempestade que não
cessa
Uma turbilhão lá fora, um
estrondo aqui dentro.
Um sopro de vida em mim, uma
brisa suave
Uma leve esperança,
Lembranças boas, daqueles
que se foram,
Soluços roubam meu silêncio,
A luz da vela irrompe em
meio à minha escuridão,
Tinha algo bom naquela noite
fria,
Sentia algo, mesmo com meus
dedos frios
Era tão diferente para mim.
Um reflexo bobo, as mãos
molhadas
Segurava as minhas lágrimas,
Antes mesmo que tocassem o
chão.
Me escondia, de mim mesmo,
Em mim mesmo,
Como em um labirinto sem
saídas,
De caminhos tortuosos,
Mas que me mantinham
seguindo em frente
Na esperança de encontrar
algo melhor.
Wl
Nenhum comentário:
Postar um comentário