segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Noite fria, tempestade branda




Eu sento aqui na janela,
A chuva fria rebate contra o vidro de minha janela.
Encaro as gotas molhando as páginas do meu livro,
A tinta fica manchada, marcas de minha caneta,
Marcas em mim, marcas no papel.
Por tanto tempo correndo atrás do vento,
Esperando por momentos que nunca vieram,
Talvez nunca virão.
Olho novamente para a janela,
E essa tempestade que não cessa
Uma turbilhão lá fora, um estrondo aqui dentro.
Um sopro de vida em mim, uma brisa suave
Uma leve esperança,
Lembranças boas, daqueles que se foram,
Soluços roubam meu silêncio,
A luz da vela irrompe em meio à minha escuridão,
Tinha algo bom naquela noite fria,
Sentia algo, mesmo com meus dedos frios
Era tão diferente para mim.
Um reflexo bobo, as mãos molhadas
Segurava as minhas lágrimas,
Antes mesmo que tocassem o chão.
Me escondia, de mim mesmo,
Em mim mesmo,
Como em um labirinto sem saídas,
De caminhos tortuosos,
Mas que me mantinham seguindo em frente
Na esperança de encontrar algo melhor.


Wl

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