Vim
pra narrar a minha vida, cantar meu hino, escrever a minha história.
Vim
para clamar por liberdade,
Estender
minha bandeira e conquistar a minha glória.
Não
venho com medo, pois sou guerreiro e não desisto em meio a dor.
Venho
com o rosto molhado e as mãos marcadas pela falta de amor.
Para
onde olho vejo corpos jogados, rostos melados de terra
Vejo
crianças mortas, mulheres sozinhas e homens feridos, pessoas que erram.
Ando
desiludido, pois não vejo sentido em toda essa dor.
Às vezes
me pergunto se tantas vidas não têm valor.
Mais
uma guerra, mais uma estória para contar e heróis para inventar
Nossos
assassinos estão de volta pra casa,
Apenas
marionetes do mal esquecidas pelo tempo.
Em
suas mãos o sangue dos inocentes, vidas que não vão voltar,
Mas
sei que os livros vão falar de sua batalha,
Deturpar
mais uma verdade, esconder toda essa dor.
E no
fim, a história será outra. Quem será o vencedor?
A
história é sempre contada a preço de sangue
Uma
história sem valor, contada por quem sabe,
Por
quem não tem amor.
Como
em um espetáculo sem palmas
Narradores
fantasmas descrevem a ilusão
Ilusão
de um povo sem memória que acredita que é uma nação.
Wl
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