segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mundos que se chocam



Vim pra narrar a minha vida, cantar meu hino, escrever a minha história.
Vim para clamar por liberdade,
Estender minha bandeira e conquistar a minha glória.
Não venho com medo, pois sou guerreiro e não desisto em meio a dor.
Venho com o rosto molhado e as mãos marcadas pela falta de amor.
Para onde olho vejo corpos jogados, rostos melados de terra
Vejo crianças mortas, mulheres sozinhas e homens feridos, pessoas que erram.
Ando desiludido, pois não vejo sentido em toda essa dor.
Às vezes me pergunto se tantas vidas não têm valor.
Mais uma guerra, mais uma estória para contar e heróis para inventar
Nossos assassinos estão de volta pra casa,
Apenas marionetes do mal esquecidas pelo tempo.
Em suas mãos o sangue dos inocentes, vidas que não vão voltar,
Mas sei que os livros vão falar de sua batalha,
Deturpar mais uma verdade, esconder toda essa dor.
E no fim, a história será outra. Quem será o vencedor?
A história é sempre contada a preço de sangue
Uma história sem valor, contada por quem sabe,
Por quem não tem amor.
Como em um espetáculo sem palmas
Narradores fantasmas descrevem a ilusão
Ilusão de um povo sem memória que acredita que é uma nação.

Wl

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